Em sua primeira edição, o Festival Literário e Artístico de Rio de Contas (Fliarc) se mostrou um sucesso absoluto. Foram quatro dias em que a cultura tomou conta das ruas da cidade, envolvendo moradores e turistas. O evento teve como homenageado principal Juarez Paraíso, mas também lembrou de figuras póstumas, como Ester Trindade e Esaú Pinto.
Durante os dias de realização do evento, o município recebeu turistas dos mais variados lugares do estado, como Salvador, Vitória da Conquista, Caculé, Caetité, Guanambi, Brumado, Livramento, Feira de Santana e Seabra. De acordo com dados da Polícia Militar da Bahia, a média de visitantes chegou a duas mil pessoas nos dois primeiros dias, alcançando cinco mil no ponto mais alto da festa, que foi sábado (21).
Além disso, o evento movimentou o comércio e turismo locais, impulsionando o nome de Rio de Contas. Na rede hoteleira, a taxa de ocupação, em algumas pousadas, chegou a 100%. O evento revelou um perfil de turista que tem disponibilidade de tempo e recurso para ficar na cidade. “E o que pudemos perceber foi o nível dos visitantes, que era de gente que tava querendo ver cultura, arte e descansar”, analisou João Neto, representante do setor hoteleiro.
Já o comércio também registrou um bom número na estimativa de consumo, o que fica claro na empolgação dos representantes locais. “Foi um festival maravilhoso, de bons resultados”, afirma o comerciante Fernando Pinto.
Entre as atrações que o Fliarc recebeu estão o escritor Itamar Vieira Junior, os forrozeiros Del Feliz e Hilário Passos, além da banda de reggae Adão Negro. Além deles, houve destaque para os artistas locais, como Janio Arapiranga e Ely Pinto e o grupo de teatro Vira Toco.
Durante o evento também houve mesas de debates, espaço de autógrafos, de expografia, oficina de audiovisual e espaço para apresentações voltadas para o público infanto-juvenil.
Para a curadora do Fliarc, Nadia Marcia Campos, o retorno do público foi de muita emoção, com intensa participação nas atividades culturais programadas pelo evento, envolvendo o aspecto histórico e de preservação cultural da cidade, concentrando expressões que vão do hip hop até a cultura clássica. “Foi muito positivo. Tivemos todas as pousadas lotadas, um público grande, que foi crescendo de quinta para sábado. Com relação aos shows, tivemos forró, reggae, música brasileira de raiz, então foi maravilhoso nesse aspecto”.
A primeira edição do Festival Literário e Artístico de Rio de Contas já nasce histórica e com a possibilidade de ser uma semente germinadora de encontros, cultura, arte, traduzindo a sensação única de emocionar pessoas, através do que de mais belo o ser humano pode criar. Que seja o primeiro de muitos eventos, não só na cidade, mas em toda a região da Chapada Diamantina.